De acordo com presidente do sindicato, valor do botijão de gás sobe devido política de preços da Petrobrás
O Passando a Limpo desta quinta-feira (21) repercutiu o alto valor do gás de cozinha, que em algumas regiões do país ultrapassa R$ 105 por botijão. “De acordo com a presidente-executiva do Sindicato das Revendas de Gás (Sinregás), Francine Gulde, a culpa pelo alto preço não é das revendedoras que, segundo ela, também são “vítimas”.
“Infelizmente, a situação é meio complicada com essa nova política da Petrobras. Nos últimos oito meses, o preço só sobe. A revenda está em uma situação muito crítica. Toda vez que [a revenda] vai comprar, está mais caro. A gente entende que não cabe aumento nesse momento e seguramos ao máximo o que a gente pode. Muitas revendas não estão conseguindo honrar com seus compromissos financeiros”, afirmou na entrevista.
Francine disse ainda que o preço pode seguir aumentando em Pernambuco. “Paulo Guedes, disse que ia baixar o gás. Na época, era uma média de R$ 70. E a gente perguntou como ele iria fazer aquela proeza. Até hoje, o que ele falou não se concretizou. Pelo contrário, daqui a pouco, vai chegar a R$ 90 ou R$ 100 o preço do gás de cozinha. O mais prejudicado é a população carente”, analisou.
Reclamação
Francine reclamou ainda que o governo estadual não ajuda as revendedoras. “Agora, o governo de Pernambuco colocou um pátio de triagem. Todos os caminhões carregados com botijões de gás têm de passar por esse pátio e pagar um pedágio. Em setembro do ano passado, a gente pediu ajuda ao governo para a população entender que nós não somos culpados, somos vítimas também. A gente pediu que, ao menos os caminhões que entrassem para carregar com o gás de cozinha, fossem anistiados da cobrança deste pedágio, mas a gente não é ouvido. Continuamos pagando para entrar no Porto de Suape e isso só aumentou o custo para o revendedor de gás”, disse.