O Porto de Suape abriu edital de chamamento público para que pessoas ou empresas doem estudos necessários para implantação de um novo terminal de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha. O processo foi publicado no Diário Oficial do Estado e no site de Suape, na quarta-feira (18), e a entrega pode ocorrer em até 30 dias corridos, a contar da publicação.
O terminal será implantado em uma área de 82 mil metros quadrados, no Porto Organizado, servida por tubovia e onde já existem operadores de granéis líquidos derivados de petróleo. A demanda crescente pelo produto e as características que fazem de Suape um hub de granéis líquidos, incluindo o GLP, justificam a necessidade de um novo terminal.
Dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) apontam que cerca de 30% do GLP consumido no país é importado e quase todo o volume de importação do produto entra pelo Porto de Suape, que abastece o Nordeste (com exceção da Bahia), parte do Norte e do Sudeste.
De janeiro a setembro de 2020, o GLP teve um crescimento de 2,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, somando 1.633.606 toneladas movimentadas, com destaque para os desembarques que registraram alta de 4,71%. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), no mesmo período, o Brasil consumiu mais de 5 milhões de toneladas do produto, com o Nordeste concentrando 25% dessa demanda.
Suape possui uma tancagem de GLP com 7,5 mil toneladas em terra e 45 mil toneladas em um navio cisterna que fica nos Píeres de Granéis Líquidos (PGLs), com disponibilidade de área para expansão do parque. O gás é recebido pelo Transpetro, que recebe e armazena, distribuindo para as envasadoras instaladas no porto que fornecem para o cliente final. Operam como envasadoras em Suape as empresas Nacional Gás, Liquigás, Ultragás/Bahiana, Supergasbras e Copagaz.
“O novo terminal irá receber, armazenar e distribuir o GLP, atendendo à demanda dos consumidores do Nordeste, por via rodoviária, e enviando para outras regiões do país por cabotagem. Além da localização e infraestrutura, Suape é um dos principais polos de distribuição do país, com destaque para os líquidos e gases. Esses estudos são necessários para definirmos a melhor modelagem para o arrendamento da área”, explica o presidente de Suape, Leonardo Cerquinho.
Os estudos do novo terminal devem abranger, ao menos, as atividades de análises de mercado de GLP no Brasil e no mundo; produtos e serviços da empresa do setor de gás; receita, projeções de custo e investimentos; rentabilidade, concorrências e vantagens sobre a mesma; taxa de consumo dos clientes; taxa interna de retorno; fluxo de caixa; tendências do ramo de atuação; capital de giro; valor presente líquido; mão de obra necessária; payback; faturamento, e estudo detalhado dos terminais de GLP em outros portos.
A doação também contempla estudos que serão usados para a modelagem do projeto: estudos de mercado; estudos de engenharia; estudos de modelagem operacional; estudos e avaliações ambientais; estudos de avaliação econômico-financeira, e estudos de modelagem jurídica.
Fonte:Diário de Pernambuco