SÃO PAULO (Reuters) – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, com restrições, a venda da Liquigás, subsidiária de distribuição de gás de cozinha da Petrobras, em um negócio que envolveu Copagaz, Itaúsa, Nacional Gás Butano (NGB) e Fogás. O órgão antitruste afirmou em comunicado que o aval à operação foi condicionado à assinatura de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC), para assegurar que o compartilhamento de ativos e prestação de serviços entre concorrentes “não favoreça a adoção de práticas coordenadas pelas empresas”. O relator do caso, conselheiro Mauricio Oscar Bandeira Maia, indicou que a operação foi notificada ao Cade no modelo “fix-it-first”, já apresentando “remédio embutido” para sanar possíveis problemas concorrenciais. Conforme informado pelas companhias envolvidas na transação, a Copagaz será a nova controladora da Liquigás, em conjunto com a Itaúsa –empresa de investimentos do Itaú Unibanco, que deterá de 45% a 49,99% do capital social da Copagaz–, enquanto NGB e Fogás participarão do negócio para solucionar possíveis preocupações concorrenciais em alguns Estados. O modelo apresentado pelo consórcio, dessa forma, prevê o repasse de ativos da Liquigás para NGB e Fogás visando sanar questões de concorrência em dez Estados.
Fonte: Reuters