A Petrobras anunciou hoje 05/09, aumento do GLP residencial, aquele envazado em embalagens de até 13 kg.
Ocorre que a Petrobrás pregou que, estaria seguindo o mercado Europeu e agora aumenta o preço justificando o furacão Americano Harvey.
As distribuidoras por sua vez aproveitando das notícias sem base de dados reais, veiculadas por entidades inescrupulosas, que não representam o setor legitimamente a nível nacional, aumentaram de forma desordenada aos revendedores de todo o país que, consequentemente terão de repassar esse aumento desproporcional aos consumidores.
A Petrobrás repassou um aumento de 12,2%, em média sobre a matéria prima, ou seja, sobre o GLP antes dos custos de impostos e custos operacionais das distribuidoras.
As distribuidoras repassaram até 13% sobre o preço de compra das revendas.
O valor de aumento representou para as distribuidoras conforme o anunciado pela Petrobrás, em torno de R$1,8366 se considerarmos o preço médio nacional da matéria prima (R$15,03 x 12,2%)
A Petrobrás anunciou que, caso os elos da cadeia mantenha as margens de distribuição e da revenda e as alíquotas de tributos, estima-se que o preço do botijão de GLP de 13 kg pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por botijão.
Ocorre que as Distribuidoras aumentaram para seus revendedores entre 12,5% a 13% sobre os preços de compras das revendas em todo o país, refletindo em torno de 3,80 a 6,00 dependendo do preço de compra de cada revendedor, além do aumento nas embalagens acima de 13 kg que a Petrobrás anunciou no final deste dia 05/09 que ainda não sabemos qual será o reflexo para as revendas diante da euforia de aumentos.
Hoje temos um preço médio nacional de R$ 57,53 por botijão de 13 kg, mas em algumas regiões do país já chega a custar mais de R$100,00.
Não somos contra a necessidade de aumentos por questões lógicas de dissídios coletivos, variações do mercado internacional, mas não podemos aceitar a falta de transparência da Petrobrás e das distribuidoras com as revendas. Há claramente uma corrida de aumentos desproporcionais pelas distribuidoras, toda vez que é anunciado um reajuste por parte da Petrobrás.
Considerando que teremos reajustes mensais da Petrobrás e a política adotada pelas distribuidoras nos repasses dos reajustes, as revendas brasileiras estão fadadas ao fracasso e o consumidor a um alto custo e um serviço que perderá a qualidade a medida que a revenda perde suas margens devido ao excesso de aumento e a alta concorrência do setor inclusive com a venda clandestina do produto.
Vale lembrar que do total de GLP consumido no Brasil, em torno de 30% é importado e 70% é produzido aqui. Fica difícil justificar tamanho aumento por causa da tempestade americana!
Existe uma discriminação com o setor de Gás LP, os aumentos dos claros são divulgados com detalhes no site da Petrobrás, já o GLP é apenas comunicado sem nenhuma explicação.
A Abragás- Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP, representando seus filiados, vem publicamente manifestar seu repúdio à política voraz adotada pela Petrobrás e pelas Distribuidoras em detrimento a um setor que representa 67.000 revendedores e em torno 350 mil trabalhadores.
José Luiz Rocha – Presidente da Abragás